Pluralidade dos mundos???

Written by Keninha on terça-feira, janeiro 27, 2009 at 13:10:00

O texto que vou postar não é inédito. Foi escrito em novembro do ano passado e colocado no Fanzine Engenho das Letras, um tipo de revista, feito por mim e pela Isa como trabalho da faculdade.
O tema pluralidade dos mundos trata dos mundo real e dos mundos fictícios, criados na literatura. Por outro lado, acredito que realmente existam outros mundos tão reais quanto o nosso e que realmente existe vida em outras planetas, mas no momento não falarei sobre o assunto, esperemos por um dia com mais tempo...


Stephen King nos faz viajar através de nossa imaginação. Então, porque não aprofundar essa viagem com uma bela divagação?

Stephen King, juntamente com Peter Straub, outro grande autor de suspense, criou duas obras que tratam de viagens entre mundos diferentes.
Isso mesmo, a personagem principal viajava por dois mundos: um mundo, digamos, real e outro chamado Territórios, que era um mundo paralelo ao nosso, bastando para essa viagem apenas um pouco de concentração.
Após ler essas histórias fiquei pensando em como seria fazer uma viagem desse tipo, e cheguei a conclusão de que fazemos isso a toda hora e de forma inconsciente muitas vezes! Como? Oras, através das leituras que fazemos, dos filmes que assistimos e também através dos sonhos. Entendeu? Não?
Eu explico: quando lemos um livro viramos um personagem que, juntamente com os outros, passará por diversas situações, sentirá emoções variadas, sendo essas às vezes diferentes daquelas que os outros personagens estão sentindo, conhecemos lugares do mundo todo e ainda outros que foram criados pelos autores para aquela história, e o melhor, estes lugares, apesar de descritos nas histórias, ficam do jeito que queremos.
Nos filmes acontece um pouco diferente, porque já temos ali a imagem pronta dos lugares, mas acabamos “entrando” no filme e passando por tudo aquilo que os personagens vivem. Duvida? Tenho certeza que você já ficou muito bravo com um amigo que te ligou quando um filme tava na metade, porque quando você voltou pra sala se sentiu perdido na historia, mesmo tendo dado pausa...
Já os sonhos são os melhores, pelo menos em minha opinião, porque neles vamos a todos os lugares reais, mesmo aos que conhecemos só de fotos pela internet, e damos a eles as características que queremos, deixando-os com a nossa cara!
Mas criar é melhor ainda que apenas sonhar com o existente, porque podemos pegar características de todos os lugares que conhecemos e juntar, fazendo um só e ainda podemos dar o nome que quisermos a ele (já pensou que chique Kênia’s city? Hehe).
King e Straub não foram os primeiros nem serão os últimos a criarem mundo diferentes, para não citar muitos, ficamos com Jonathan Swift que criou Lilliput e Brobdingnag em seu livro As Viagens de Gulliver, e Manoel Bandeira, que nos faz querer fugir para Pasargada quando a descreve no poema Vou me embora pra Pasargada.
Agora, aproveite as oportunidades e viaje com as leituras, assim quem sabe um dia você não cria um mundo e resolve compartilhar com todos nós?


*Para conhecer mais sobre os Territórios leia “O Talismã” e “A Casa Negra” de Stephen King e Peter Straub.

Sábado chuvoso.....

Written by Keninha on sábado, janeiro 24, 2009 at 08:42:00

Mais um sábado na cidade de Franca, e pra variar, com o tempo fechado lembrando chuva.... Esses sábados são bons, principalmente quando não precisamos ir trabalhar (infelizmente não é esse o meu caso, estou no trabalho) e podemos ficar na cama até mais tarde, outra parte boa de sábados de chuva é ficar em casa a noite, bem quietinho, assistindo um filme e tudo isso fica melhor ainda quando se tem um "cobertor de orelha"....
Bem, hoje não separei nenhum texto para colocar aqui, estou passando só para marcar presença mesmo e dizer que estou feliz, bem feliz....
Ótimo fim de semana para todos!!!!

Segunda-feira, um dia muito chato na minha opinião. Não tenho vontade fazer nada na segunda, nem sair da cama, ainda mais agora que acabaram as férias do serviço fica pior ainda levantar.... E pra ajudar a melhorar minha segunda, estou daquele jeito, querendo sumir, estressando com qualquer coisa e com milhares de pensamentos na cabeça, cada um me enlouquecendo mais....
Vamos lá, a vida continua e uma hora as coisas chegam no lugar (espero que não demore muito!). Vou postar um texto que minha prima achou, ela não lembra onde, e que eu achei muito interessante....

ALMAS QUE SE ENCONTRAM

Dizem que para o amor chegar não há dia...
Não há hora...
E nem momento marcado para acontecer.
Ele vem de repente e se instala...
No mais sensível dos nossos órgãos... o coração.
Começo a acreditar que sim...
Mas percebo também que pelo fato deste momento...
Não ser determinado pelas pessoas...
Quando chega, quase sempre os sintomas são arrebatadores...
Vira tudo às avessas e a bagunça feliz se faz instalada.
Quando duas almas se encontram o que realça primeiro...
Não é a aparência física, mas a semelhança das almas.
Elas se compreendem e sentem falta uma da outra....
Se entristecem por não terem se encontrado antes...
Afinal tudo poderia ser tão diferente.
No entanto sabem que o caminho é este...
E que não haverá retorno para as suas pretensões.
É como se elas falassem além das palavras...
Entendessem a tristeza do outro, a alegria e o desejo...
Mesmo estando em lugares diferentes.
Quando almas afins se entrelaçam...
Passam a sentir saudade uma da outra...
Em um processo contínuo de reaproximação...
Até a consumação.
Almas que se encontram podem sofrer bastante também,
Pois muitas vezes tais encontros acontecem...
Em momentos onde não mais podem extravasar...
Toda a plenitude do amor...
Que carregam, toda a alegria de amar...
E de querer compartilhar a vida com o outro,
Toda a emoção contida à espera do encontro final.
Desejam coisas que se tornam quase impossíveis,
Mas que são tão simples de viver.
Como ver o pôr-do-sol...
Ou de caminhar por uma estrada com lindas árvores...
Ver a noite chegar...
Ir ao cinema e comer pipocas...
Rir e brincar...
Brigar às vezes,
Mas fazer as pazes com um jeitinho muito especial.
Amar e amar, muitas vezes...
Sabendo que logo depois poderão estar juntas de novo...
Sem que a despedida se faça presente.
Porém muitas vezes elas se encontram em um tempo...
E em um espaço diferente...
Do que suas realidades possam permitir.
Mas depois que se encontram...
Ficam marcadas ... tatuadas...
E ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas...
Elas jamais conseguirão se separar...
E o mais importante ...
Terão de se encontrar em algum lugar.
Almas que se encontram jamais se sentirão sozinhas...
Porquanto entenderão, por si só, a infinita necessidade...
Que têm uma da outra para toda a eternidade.
Desconheço o autor

Mais uma vez, "o retorno".....

Written by Keninha on sexta-feira, janeiro 16, 2009 at 11:12:00

Bem, é a milésima (se não for mais) vez que inicio um blog, espero que dessa vez eu possa mesmo mantê-lo porque eu já cansei de começar e sempre ficar sem coisas interessantes para escrever com frequência.


Para abrir meus posts, vou colocar um texto que achei muito legal e que foi escrito pelo meu professor de literatura da faculdade (que foi também meu orientador de monografia, que paciência, hein?!rsss) Renato Alessandro. Para os que passarem por aqui, espero que gostem!!





A LITERATURA COMO VÍCIO





Eu nunca tive talento para tocar guitarra. Durante toda minha adolescência, eu bem que quis ser um grande guitarrista e tal, mas descobri que não levava jeito praquilo. Acho que esse é o motivo por que meu violão hoje convive, numa boa, com dois centímetros de poeira sobre si; que dó. Embora não me faça falta, nem por isso ele fica jogado num canto qualquer do quarto, a contemplar uma réstia de sol que lá continua a brilhar. Ele só fica ali, ao lado da cama, de boca aberta, esperando de mim uma dedicação de amor eterno que nunca vai ter, porque, como disse, eu nunca tive talento pra tocar guitarra. Na infância, competia com meu avô para ver quem estragava mais "Menino da porteira", aquela música caipira que ficou famosa com Sérgio Reis - Sérgio Reis! Olha só que beleza!


Nunca tive talento para coisa alguma. Na aula de educação fisíca, parecia um ponto de exclamação (!) assustado, um graveto magricela que jogava basquete tão bem quanto qualquer jogador da seleção brasileira na final da Copa de 1998, na França, naquele jogo em Ronaldo surtou. Sei... Acho que posso comparar o que brasileiros sentem pelo futebol à mesma paixão que os artistas, por exemplo, sentem pelo vinho, ou ao que pensam astrônomos e poetas a respeito de estrelas. Enfim, descobri que basquete também não era pra mim.


Se recordasse minha infância, me lembraria que fui goleiro do Santos, cientista louco, detetive, tripulante da frota estelar, guitarrista do Kiss e sabia que me casaria com a princesa Diane - porque, ela sabia, na verdade, que seu principe encantado não era o Charles, mas um garoto que amava o Gato Félix e o Sítio do Pica-Pau Amarelo, todo metido a engraçadinho, que vivia numa cidade do interior paulista tão divertida quanto uma reunião dos A. A.


Deixei a infância quando me tornei médico. Minha prima sempre era a paciente, mas hoje ela não se lembra mais disso. W. B. Yeats, um poeta irlandês do século 19, escreveu que a inocência e a beleza não têm nenhum inimigo, exceto o tempo. Imagino quantas crianças deixaram de ser crianças deixaram de ser crianças quando brincaram de médico pela última vez.


Bem, de qualquer forma, descobri que também não tinha o menor jeito com medicina, mas até hoje um médico vive a me perguntar se já me decidi pela carreira de cientista louco, de detetive ou de astronauta da NASA. Esqueci de contar a você que também quis ser astronauta. Puxa vida, como tomei refrigerante!


Foi na adolescência, quando comecei a ler os livros da Coleção Vaga-lume que descobri a literatura. Nunca me esqueci daquelas histórias: A ilha perdida, As aventuras de Xisto, O caso da borboleta Atíria, O escaravelho do diabo, O mistério do cinco estrelas, O rapto do garoto de ouro etc. etc. Havia outro livro muito legal, também, mas de outra coleção, O gênio do crime, com sua história sobre um metódico falsificador de figurinhas.

Adolescendo, descobri o terror com Stephen King e nunca me esqueço de uma noite em que lia O cemitério, em uma edição caindo aos pedaços da biblioteca municipal, na sala de casa, sozinho, com a dentadura a ranger como nos desenhos animados, quando Fernanda, uma amiga de minha irmã que era muito chata e diabolicamente irritante naquele tempo, abriu a porta de repente. Não era dessas portas comuns; era dessas portas de correr. Só sei que, com o barulho da porta, me pendurei no lustre, e no teto fiquei, quando ela entrou. Sempre fui muito medroso. Você já leu esse livro de Stephen King? Puxa, que bom! Então, sabe do que estou falando!

Acho que já li pelo menos umas trezentas vezes outro de seus livros. Pois a primeira vez que li A hora do vampiro devia ter entre quatorze ou quinze anos. Uau! Até hoje, é o melhor romance que conheço sobre essas singluares criaturas dentuças, quando não tenho mais dezesseis, idade de Holden Caulfield em O apanhador no campo de centeio, do excêntrico J. D. Salinger. É um romance que você deveria ler, sem dúvida, para se lembrar de como era difícil ser adolescente.

Vampiros, sempre me fascinaram. Tudo bem que o maior connaisseur e multiplicador do LSD nos anos 1960, Dr. Timothy Leary, lia Horácio e Sócrates na adolescência. De minha parte, eu ainda preferia o mundo a desvanecer aos poucos, com o crepúsculo a entorpecer o sol e, em seguida, na ponta dos pés, a desligar a luz do céu, tingindo-o com a noite, momento quando todos os verdadeiros heróis iriam combater vampiros louquinhos por uma jugular alheia. Ah! Esses seres notívagos a lamber os beiços, ansiosos para deixar bordadas duas marcas escarlates nos pescocinhos das donzelas de Salem's Lot!

Porém, Stephen King não escreveu somente histórias de horror. Ele e outro escritor, Peter Straub, fizeram muitas cabeças rodopiarem com a leitura de O talismã - isto é, qunando contaram a história de um garotinho, Jack Sawyer, que com doze anos inicia uma jornada não só de costa a costa pelos Estados Unidos, mas também pelos "Territórios", um mundo paralelo ao nosso planeta e situado na imaginação do leitor, talvez, ao lado da Terra de Oz.

A personagem Jack Sawyer sempre me lembrou o escritor beatnik Jack Kerouac, que também cruzou de ponta a ponta, no final da década de 1940, os Estados Unidos e o México, de carona, não em busca do mesmo talismã de Sawyer, mas à procura de uma América que ele leu em livros, como As aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain, que, para outro autor, Ernest Hemingway, foi a obra percursora de toda literatura norte-americana moderna. Dizem que Twain represntou melhor do que qualquer outro escritor a força do espírito libertário na literatura norte-americana. Jack Kerouac em On the road demonstrou esse mesmo espírito, com muito talento, e foi bem longe, tão longe como a personagem Jack Sawyer, de O talismã, de King e Straub também o foi.

Enfim, ler dever um prazer para o leitor. Não importa que seja o puro entretenimento de Stephen King ou as clássicas aventuras contadas por Mark Twain. Não importa. Da mesma forma que fumamos um cigarro e, com isso, descontamos minutos valiosos de nossa biografia pessoal, somos pegos em flagrante, quando nos damos conta de que literatura nada mais é do que um vício. Nesse caso, ser um junkie, um viciado, submerso nas páginas de um livro, é um raro prazer.

Será que temos alguma coisa em comum? (Renato Alessandro)

E eu respondo, eu tenho algo em comum!!!!rssss.... Podem acreditar, meu violão tbm ficou cheio de poeira e eu nunca aprendi a tocar, como me arrependo de não persistir nisso, talvez não seja tarde demais, mas...... E a leitura, eu estou de acordo, Coleção Vaga-Lume era o melhor, li muitos livros da série, e lia também os do Pedro Bandeira que saiam por outra coleção que não lembro o nome. Já Stephen King, também foi paixão a primeira leitura! Comecei também por O cemitério, realmente assustador, e agora leio tudo que posso desse grande autor.

Também tive experiências de susto ao ler King, mas a pior dela foi quando eu lia Casa negra, a casa em silêncio total, eu lendo no quarto, concentrada naquelas coisas mais sinistras, meu irmão abre a porta do quarto e dá um grito, acho que só não morri de susto naquela hora porque não era pra morrer.

Bom por hoje fico por aqui e até a próxima!!!


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